Sabedoria de rio...
Deveríamos ser assim;
Vogando tranquilamente através das inúmeras rochas;
Rolando seixos, envolvendo vida, descendo encostas.
Podíamos crescer assim…
Nunca é demais desejá-lo;
Um natural fluir ante todos os demais obstáculos;
Uma simplicidade no rumar livre e solto sem espectáculos.
Sempre possível alcançá-lo…
Importa sentir-me aqui;
No presente, no desejo interino de aumentar a corrente;
Num contínuo enrolar, no burburinho próprio da mente.
Antevejo-me assim…
Não é natural ansiá-lo;
Sem esforço navego melhor e furtivamente entre colinas;
Consciente do mar, esse final de principio, com suas ondinas.
Mas é humano dificultá-lo…
Falo-te de um rio;
Com a nobreza de suas cores, e uma força intensa;
Um acrescento de natureza, uma consciência imensa.
Sussurro-te um segredo pio…
Assim, sentir-me vivo;
Eis a minha verdade, o foco e a intenção nas águas;
Sem ilusões ou caminhos estreitos que invoquem mágoas.
Ser feliz sim…
Saúdo-te sol personificado;
Tu que me aqueces continuamente e iluminas os trilhos;
Somos unos de propósito, de partilhas e nenhuns atilhos.
Continuamente amado…
Novembro 2006
River Landscape with Deer painting - Frederick Arthur Bridgman
River Landscape with Deer painting - Frederick Arthur Bridgman

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